Hoje vamos falar de mais um ponto turístico muito conhecido do Japão: os muitos templos que existem na cidade de Kyoto.
Muitos templos. Muitos mesmo.
Kyoto, 京都, já foi capital do Japão. Hoje ela continua sendo uma cidade bastante importante, muito lembrada por ser o lar de incontáveis templos religiosos voltados ao budismo e ao xintoísmo – que são as principais religiões dos japoneses. Kyoto é uma cidade muito procurada por turistas, mas sem os arranha-céus encontrados em Tokyo por exemplo. No entanto, ainda conta com uma beleza natural considerável.
Os templos em Kyoto são centenas, milhares até. Na verdade, eles passam de dois mil, tornando praticamente impossível para um turista (ou mesmo algum morador da região) conhecer todos.
Por isso, o mais comum é que se escolha certo número deles e os visite com calma, sem pressa, para conhecer e desfrutar da beleza de uns poucos templos, em vez de conhecer correndo dezenas deles.
Escolher quais os templos que merecem ser visitados não é algo simples, principalmente para quem está lá pela primeira vez. Mesmo assim, vale citar alguns que se destacam.
Os templos mais famosos
清水寺 (Kiyomizu dera): Basta dizer que esse templo é considerado patrimônio cultural da UNESCO. Foi construído há mais de 1.200 anos, sendo o segundo mais antigo de Kyoto. É um templo construído sem o uso de um único prego – todas as vigas de madeira foram encaixadas. 清水 (kiyozumi) significa “água fresca”, e o local é famoso por sua fonte considerada sagrada. Dizem que quem beber essa água tem sorte e purificação.
金閣寺 (Kinkaku-ji): Seu nome pode ser traduzido como Templo do Pavilhão Dourado. Isso porque dois de seus três andares são cobertos com folhas de ouro puro, além de ter uma fênix dourada na parte superior do templo. Hoje, o que se vê é uma versão da construção original, destruída há décadas em um incêndio.
銀閣寺 (Ginkaku-ji): Pode ser traduzido como Templo do Pavilhão Prateado. O nome revela a possível intenção de que ele fosse da cor prata, assim como seu “irmão” dourado. No entanto, não foi o que aconteceu, devido a uma guerra. Por isso o “prateado” ficou só no nome.
三十三間堂 (Sanjuusangen-dou): Nome que pode ser traduzido como Templo dos 33 espaços, devido a haver 33 espaços divididos por pilares. Mas o nome verdadeiro é 蓮華王院 (Rengeou-in), que pode ser traduzido como Salão do Rei de Lótus. Esse templo é famoso por conter as 1.001 estátuas de Kannon, que é a divindade principal do templo.
哲学の道 (Tetsugaku no michi): Literalmente, “o caminho do filósofo”. É, literalmente, um lindo caminho que começa no Templo do Pavilhão Prateado, e segue ladeado por um rio, várias cerejeiras e uma bela paisagem, passando pela entrada de alguns templos menores.
Muito mais poderia ser dito, e muitos outros templos poderiam ser mencionados. Mas por ser um conteúdo muito extenso, o ideal é que cada um possa um dia conhecer pessoalmente as belezas de Kyoto.
Sentenças de exemplo
京都は僕の故郷です
Kyoto é minha terra natal.
京都 é a cidade de Kyoto. 僕の significa “meu” ou “minha”. E 故郷 quer dizer “terra natal”.
京都は神社で有名だ
Kyoto é famosa pelos templos.
京都 é a cidade de Kyoto. 神社 significa “templos”. 有名 quer dizer “famosa”.
明日初詣に行きます
Amanhã irei fazer a primeira visita do ano ao templo.
明日 significa “amanhã”. 行きます é o verbo “ir”. 初詣 é o nome dado ao ato de ir pela primeira vez no ano a um templo após o ano novo.
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Ali na última sentença, na tradução se omitiu o “amanhã” do 明日? ou ficou com o significado de ainda?
Poderia me explicar? se não puder tudo bem. Agradeço desde já! :)
Não entendi a pergunta. A tradução está normal. Você está querendo dizer que a partícula は foi omitida depois do 明日? Se for isso, nesse caso não tem problema ele não estar aí.
Desculpe, eu formulei errado a pergunta. Mas muito obrigado pela gentileza de responder! :)
É que eu estava perguntando se o 明日 que está na sentença, também pode significar “ainda”, como está na tradução.
ありがとう!またね!
Esse telhado deles são muito bonitos.
Eu tava dando uma pesquisada em mais templos, e nossa, o 西本願寺 é muito lindo.
Sobre o japonês, qual é a diferença entre こきょう e ふるさと ?
Boas informações. Ainda mais quando se trata de cultura.
Parabenizo pela difusão da cultura japonesa. Tem muitos descendentes (nisseis e sanseis) que não demonstra nenhum interesse pelas maravilhas que é a cultura nipônica. O seu livro é muito bom para iniciantes, com pouco conhecimento que tenho achei muito interessante.
Muito boa a sua publicação gostei muito
Essas aulas de conhecimentos gerais do Japão são ótimas, alem de conhecer mais o Japão aprendemos mais sentenças. Grato.
Ja estive no Japão, e tenho dentro de mim, uma curiosidade não respondida : Quando eu pegava folhetos infomativos para estrangeiros de lugares turístico, sempre havia um mapa, e templos budistas estão sinalizados com a suástica nazista( símbolo do nazismo ), uma americana, ao ver, disse: Oh meu Deus, Adolf Hitler esteve aqui…….?????? Voçe pode me explicar , o motivo, a razão, do simbolo nazista, estar associado à templos budistas ???}
A associação é quase sempre automática: ao pensar em nazismo, num instante vem à mente a imagem de uma suástica. O que muita gente desconhece, porém, é que esse símbolo não foi inventado pelos nazistas. Não se sabe exatamente quando foi usado pela primeira vez, mas é certo que ele tem milênios de história.
Ornamentava, por exemplo, objetos decorativos e utensílios domésticos da antiga Mesopotâmia – atual Iraque – datadas de 7.000 a.C. Foi usado também por bizantinos na Europa, maias e astecas na América Central e índios navajos na América do Norte. Para todos esses povos, a suástica era uma representação de boa sorte. Não por acaso, a palavra vem do sânscrito svastika, que quer dizer “condutora do bem-estar”.
Se a suástica sempre foi um signo do bem, por que ela acabou virando ícone do regime mais atroz e repugnante da história moderna? A explicação, só para variar, passa pelas teorias delirantes que os nazistas tinham sobre a suposta origem ariana do povo germânico.
Fonte: Revista, Super Interessante